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Eva Santos - Biografia ELAS

Livro-base10
Eva Santos, nascida em Teolândia, na Bahia, cidade com pouco mais de 15 mil habitantes, mudou-se para o estado de São Paulo com 13 anos, com a ajuda de seu irmão, que já morava na cidade de São José dos Campos há alguns anos. Eva fala com paixão de seu irmão Guilherme: "Meu alicerce, minha referência de pai, um grande parceiro que me ajudou a conquistar tudo o que eu tenho hoje". Ela acredita que essa trajetória foi bem difícil, pois é quando se está longe de tudo e de todos que damos valor ao que temos de mais importante: a família. E foi essa distância que também a ensinou muito e que não deixa dúvidas de que essa rede de apoio familiar é essencial para todos.
Esse período de adolescência está entre os mais marcantes de sua história. Até hoje, a mudança de estado, rompendo as barreiras físicas e emocionais, só confirma o que ela já sabia: que é possível enfrentar os próprios medos. "Somos capazes de chegar a qualquer lugar nessa vida". Ao dizer isso, Eva consegue ouvir a voz de sua mãe sussurrando no seu ouvido: "quem tem boca vai a Roma!". Eva se diverte, pois, a expressão correta é "quem tem boca vaia Roma". Não importa como seja, a expressão fala sobre chegar a qualquer lugar do mundo e é essa lição que ela leva para a vida.
Entre os seus propósitos de vida, talvez o mais latente seja manter uma postura moral correta e ajudar as próximas gerações na luta pela igualdade social. Tem como grande inspiração Oprah Winfrey, que apesar de todas as adversidades não desistiu dos seus sonhos. "Eu amo ouvir a história de vida das pessoas, principalmente quando vêm acompanhada de conquistas". Para ela, as grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes. Por isso, ainda no contexto de seus propósitos, tem como filme preferido o longa "Até o último homem", que, segundo Eva, "traz uma lição fantástica, que não precisamos romper os nossos princípios para ajudar o próximo, independente da situação".
Eva começou a trabalhar aos 14, já no universo de Shopping Center, passando por departamentos de atendimento ao cliente e comercial, até descobrir a sua grande paixão: a área de Marketing. Filha caçula, ela é motivo de alegria e orgulho para a família Santos, por ser a única com nível superior entre os seis irmãos. Formada em Propaganda e Marketing pela Universidade Paulista (Unip), hoje com 29 anos, é responsável pela Coordenação da área de Marketing do Taubaté Shopping. Se historicamente os desafios são grandes, para as mulheres que exercem cargos de liderança com menos de 30 anos o esforço para conquistar o seu próprio espaço é ainda mais necessário, e não foi diferente para a Eva. "Além de provar que podemos realizar com excelência os desafios profissionais propostos, ser uma jovem mulher no mercado de trabalho sempre exige ainda mais dedicação e comprometimento."
Com a sua atuação e o seu jeito, em uma sociedade ainda desafiadora para o público feminino, ela acredita que ajuda a influenciar outras mulheres, seja no ambiente de trabalho ou em questões pessoais. Na busca por um ambiente profissional mais inclusivo, Eva destaca algumas características de como essas conquistas podem ser vivenciadas na prática, como ter autonomia na realização das demandas, liberdade durante as tomadas de decisões e compatibilidade salarial com o cargo – independente de gênero. "O nosso papel é mostrar que esse deve ser um cenário palpável para qualquer mulher que quiser atuar em um cargo de liderança."
Com mania de organização - "sempre digo: tudo tem seu lugar" -, Eva também é vista, por quem está perto, como uma pessoa alto astral, característica, inclusive, que a coloca à disposição dos outros para ajudar sempre que for necessário, melhorando o ambiente de quem está ao seu redor. Por isso, além de sua atuação no universo corporativo, ela também é referência quando o assunto são os cuidados com a saúde e a beleza da mulher negra. Ela criou um perfil nas redes sociais para dar dicas de como sobreviver na transição capilar. "Por muitos anos, eu fui escrava dos padrões de beleza, que fizeram com que eu visse meu cabelo como feio, armado e duro. Aos 14 anos comecei a fazer alisamento, quando cheguei a maior idade não lembrava mais da textura dos meus fios naturais". E foi apenas depois de muito tempo que ela tomou a decisão de assumir as suas raízes. "Recebia mensagens de diversas mulheres, inclusive muitas da minha família, que decidiram assumir os cachos depois de acompanhar o meu processo de transição capilar".
Para um futuro um pouco mais distante, daqui cerca de 20 anos, Eva acredita que estará trabalhando em alguma causa social, que esteja voltada para o empoderamento feminino. Para ela, a melhor escolha de sua vida foi decidir pela liberdade: de assumir os seus cachos, de ir atrás dos seus sonhos e de conquistar tudo aquilo que deseja. E é exatamente esse "poder", que adquiriu com o tempo, que ela quer multiplicar para outras meninas e mulheres.

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